28 de abr. de 2009

Artigo - Juventude e Criminalização

Juventude e Criminalização

Juventude em Marcha contra a Violência

Até quando você vai levando porrada? Até quando vai ficar sem fazer nada?
Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca luta. (Gabriel o Pensador)



Dos anos 70 até os dias de hoje muitas coisas aconteceram e continuam acontecendo, inclusive com a Pastoral da juventude. Os jovens continuam sofrendo a opressão e omissão das autoridades que deveriam olhar mais pelo “Futuro do Brasil”. A juventude continua sendo marginalizada e oprimida pelo sistema.

No entanto, quando falamos de juventude falamos também de força, garra, fé e luta, onde através destas características vencemos muitas barreiras que impediam o crescimento de todos e denegriam a imagem de uma nação, assim como o “Fora Collor”.

Em 1968, na Conferência Episcopal de Medellín A juventude era vista como “uma grande força nova de pressão, também um novo organismo social com valores próprios”. Em 1979, Puebla, a igreja faz a opção preferencial pelos pobres e principalmente pelos jovens que teve mais citações nos documentos dessa Conferência. Já em 1992, na Conferencia Geral de Santo Domingo, reafirmam a opção preferencial pelos jovens feita em Puebla, não só de modo afetivo, mas efetivamente por uma Pastoral da Juventude Orgânica, ou seja, ligada diretamente a igreja.

Com o passar dos anos a articulação foi ficando cada vez mais forte e novos desafios foram surgindo para a grande massa juvenil, a juventude precisava se unir novamente para protestar contra marginalização e banalização da mesma e novos trabalhos foram surgindo. Podemos ver isso com mais força quando trabalhamos a questão das políticas públicas para a juventude, retratada nos temas dos DNJ´s de 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e na garantia dos direitos em 2006 na construção de um projeto popular para o Brasil.

Com certeza essa Pastoral da Juventude Orgânica e também voltada para o lado social vem descobrindo novas maneiras de fazer com que a utopia “Civilização do Amor” aconteça de fato.

Neste ano, continuamos lutamos por tudo o que foi falado, mas voltamos nossos olhos com mais força para a criminalização dos jovens como um todo, que sofre com o abandono, a discriminação racial e preconceituosa não observando os valores humanos.

Baseado neste pensamento, podemos observar no feriado do dia 21 de abril uma juventude comprometida que marchando contra a violência mostrou que tem muita força e muita garra. Unidos e com um só objetivo cerca de 350 jovens aproximadamente das paróquias de: Nossa Sra da Conceição de Pacatuba, Nossa Sra do Perpétuo Socorro Jereissati Timbó, Santo Antônio de Pádua Maraponga, Nossa Sra da Conceição de Pajuçara, Área Pastoral da Pedra Messejana e Paróquia Santíssima Trindade José Walter, caminharam em plena chuva da Igreja de Santo Inácio a Capela de São Marcelino Champagnat na Paróquia de Santo Antônio de Pádua – Maraponga. A população do bairro pode ver que para a juventude não existe obstáculo que não possa ser vencido. Na chuva, pisando na lama, e nas ruas esburacadas a juventude cantava e gritava por Paz, segurança e justiça. Já na capela, no ponto de chegada todos molhados mais ainda com a mesma força celebramos a Palavra de Deus e comungamos do próprio Corpo de Cristo nos fortalecendo para os próximos desafios que virão, sejam nas ruas, escolas, praças, igrejas, trabalho e em nossa própria casa.
Essa é a Juventude que transforma que evangeliza e mostra como deve ser cara de toda a massa juvenil.

A juventude unida clamando noite e dia com gritos de esperança e de paz.
Estamos pelas praças e somos milhões. Nos campos e favelas somos multidões. (Zé Vicente)

Reinaldo Silva
Pastoral da Juventude

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